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Forma das folhas

Sai

A folha desempenha funções de vital importância para uma planta, é a principal sede das trocas gasosas com o exterior e da fotossíntese da clorofila, a folha é o pulmão e o centro de energia de uma planta. Mesmo sem ser especialistas em botânica, sabemos que a natureza se deu ao luxo de criar folhas de diferentes formas. As folhas podem ser grandes ou pequenas, simples ou compostas, em algumas plantas que vivem em ambientes extremos, como desertos, elas se transformaram em espinhos. Uma folha é essencialmente composta de três partes; partindo do ponto de inserção no ramo, encontramos: a bainha, o pecíolo e a lâmina na qual distinguimos uma página superior e uma página inferior. Este é o esquema geral, mas em muitos casos até duas dessas partes podem estar faltando. A bainha pode estar faltando, neste caso a folha é dita peciolada, se o pecíolo também estiver ausente, a folha é séssil. Vamos tentar analisar as formas que as folhas podem assumir, procurando também esclarecer alguns termos usados ​​para a sua descrição.


As folhas cujo comprimento é muito maior que a largura podem ser: agulhas, longas e estreitas, não planas, mas cilíndricas como nos abetos e pinheiros; lesiniforme se em forma de furador, um pequeno furador, como no zimbro; linear quando é longo, estreito e plano; lanceolado se em forma de lança como no salgueiro.Se o comprimento não for muito maior que a largura as folhas podem ser: ovalado quando a área mais larga é em direção à base, como na bétula; obovate quando a zona mais larga está em direção ao ápice como no carvalho; elíptico quando a área mais larga está no centro como no olmo; oblongo quando suas margens são mais ou menos paralelas; as folhas também podem ser espatuladas ou redondas. Na maioria das vezes, a forma das folhas não corresponde exatamente aos tipos descritos, mas a formas intermediárias entre um tipo e outro, podemos ter folhas linear-lanceoladas, ovais e arredondadas e assim por diante.

A forma das folhas simples


A margem da folha, ou mais propriamente da lâmina, pode ser lisa como na oliveira ou ter incisões. Se as incisões forem rasas, a margem pode ser: ondulada se as incisões forem semelhantes a ondas como na faia; crenate se as saliências têm um contorno ondulado, como no carvalho; dentate se houver protuberâncias direcionadas para fora, como no medronheiro; entalhado se os dentes são perpendiculares à margem, como na cereja; serrilhada se os dentes estão inclinados para o ápice, como na carpa. Se as incisões são profundas, diz-se que as folhas são incisadas, podemos ter folhas lobadas, se as incisões formarem lóbulos que não atingem o meio da folha, como no bordo. Se as projeções, que surgem das incisões marginais, estão dispostas à direita e à esquerda do eixo mediano da folha, como as barbas de uma pena, a folha é pinnatolobata; se os lóbulos divergem como os dedos de uma mão aberta, a folha é palmatolobata. Folhas com margens inteiras, levemente danificadas ou com incisões que não atingem a nervura central, como as que vimos, são chamadas de folhas simples.

Forma da folha: a forma das folhas compostas


Se as incisões marginais atingem a costela central, tornando os lobos independentes, de modo que a folha se assemelha a um galho, diz-se que a folha é composta. As partes da lâmina são chamadas de folíolos, o eixo central é chamado de raque. As folhas compostas são pinadas, quando os folíolos estão alinhados à direita e à esquerda como as farpas de uma caneta, e palmadas quando são dispostas em leque. As folhas pinadas dividem-se em imparipinadas e paripinadas, dependendo da existência ou não de folíolo terminal, o que torna ímpar o número de folíolos se presentes, mesmo que ausentes. Uma folha composta de apenas três folíolos, como no morango ou no trevo, é chamada trifoliata. Pode ser bipinnata (duas vezes pannata), como na mimosa, e tripennata (três vezes pinnata).

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