Dicas

Clementine – Citrus clementina

Generalidade

A clementina pertence à família Rutaceae, ao gênero Citrus e à espécie clementina. Atualmente é a mandarance mais comum, na verdade é um híbrido obtido pelo cruzamento da tangerina e da laranja amarga. É uma árvore pequena e robusta, mais vigorosa que a tangerina, com copa arredondada e expandida, os ramos às vezes espinhosos; as raízes são raízes principais e se desenvolvem em profundidade. As folhas são perenes, lanceoladas, verdes e os pecíolos têm pequenas asas. As flores são pequenas, brancas, perfumadas, únicas ou agregadas; a floração é abundante, mas a frutificação é bastante tardia. A polinização é entomófila, operada por abelhas e outros insetos polinizadores. O fruto, clementina, é uma baga de pequeno porte, também chamada de hesperídio, bem redonda, com casca fina ou lisa ou ligeiramente enrugada, que se desprende facilmente do endocarpo e é de cor laranja. O endocarpo é dividido em vários segmentos delimitados por finas paredes membranosas contendo a polpa suculenta, doce, intensa de laranja e perfumada. As sementes, se presentes, são pequenas e pontiagudas em uma das extremidades.

Clima e terreno

A clementina, como todas as frutas cítricas, prefere climas temperados quentes, o ambiente ideal é a bacia do Mediterrâneo; tem melhor resistência ao frio do que a tangerina, porém tem floração e frutificação lentas e irregulares, pois é muito afetada pelas mudanças térmicas. Temperaturas abaixo de zero podem danificar árvores; a planta cresce sem problemas com valores térmicos entre 13 e 30 ° C, enquanto os danos por altas temperaturas ocorrem acima de 40 ° C. A árvore prefere ambientes a pleno sol, mas ao abrigo dos ventos que podem fazer com que os ramos se partam e as folhas dos rebentos sequem, caso contrário, devem ser instaladas barreiras contra o vento. A clementina prefere solos soltos, de textura média, profundos, férteis e bem drenados, com pH próximo da neutralidade e com bom teor de matéria orgânica para que o solo seja bem ventilado; enquanto evita os compactos, excessivamente calcários e salinos. Os primeiros híbridos foram obtidos na Argélia no início do século 20; Atualmente é cultivado principalmente na Tunísia, Argélia, Espanha, Itália (Calábria, Sicília, Puglia e Basilicata) e nos Estados Unidos.

Variedade

Nas últimas décadas, a clementina tem conquistado as preferências dos consumidores, em detrimento da tangerina, devido à ausência de sementes e amadurecimento precoce, na verdade os frutos são colhidos no final de outubro a janeiro. As cultivares de clementina mais importantes são Precoce di Massacra, Grosso di Puglia, Monreal, Di Nules, Oroval e Tardivo. A variedade Monreal tem uma frutificação constante e abundante, porém apresenta o defeito do experiidium rico em sementes.

Rootstocks

A propagação da clementina ocorre principalmente por enxerto; os porta-enxertos mais utilizados são o franco, a laranja amarga, a citrange e a tangerina Cleópatra. A laranja amarga adapta-se a vários tipos de solo, mas não a compactos, dá um vigor médio e boa longevidade às árvores; resiste a baixas temperaturas e tolera alguns parasitas como a gengiva do colarinho e a podridão da raiz, ao mesmo tempo que é sensível à secura e ao vírus da tristeza.

A citrange tem raízes bastante profundas, evita solos muito compactos, é utilizada no replantio de pomares cítricos porque resiste aos nematóides, induz à planta um vigor médio, boa produtividade e excelente qualidade. A tangerina Cleópatra é usada na Espanha e nos Estados Unidos e resiste bem ao frio.

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