Boas Praticas Decálogo
DECÁLOGO DE BOAS PRÁTICAS.
Para estabelecer normas ou recomendações para o exercício de uma atividade com garantias plenas, sempre buscaram estabelecer códigos de boas práticas ou garantias. Muitas vezes serviram de guia para quem se perdeu ou para quem buscava referências éticas e de uso. Este decálogo não tem qualquer pretensão, é simplesmente um reflexo «para cima» que deixo aqui escrito, caso alguém tenha servido para exercer o «bom comércio».
1.- Transparência total.
É fundamental que a atividade seja totalmente transparente, o mercado e a produção estejam abertos ao interesse do consumidor, de forma a garantir a confiança do consumidor nos nossos produtos.
De portas abertas, se um consumidor deseja ver a exploração ou saber mais sobre a produção de um produto ou seu cultivo, devemos facilitar o seu acesso. Além de ser uma prática agradável para entrar em contato com os interesses e preocupações dos consumidores, significa conquistar sua confiança e fidelização. Portanto, temos que colocar um interesse especial na «imagem» da nossa fazenda e tentar manter a higiene e a segurança adequadas em todos os momentos.
2.- Preços.
Os preços devem ser adequados ao nível de negócios que temos. Não podem ser excessivos, porque os nossos produtos podem ser automaticamente expulsos do mercado pelos consumidores e, tampouco, devem resultar em concorrência desleal para os restantes, colocando-os abaixo dos custos de produção, distribuição e mão-de-obra. Entende-se que uma produção é lucrativa, quando cobre todos os custos (incluindo o custo do trabalho e do investimento), mesmo que o lucro seja zero.
3.- Sementes. O legado.
A produção deve obedecer a valores éticos mínimos, não só de qualidade, dentro de valores padronizados de produção impostos por conselhos reguladores, etc., mas também deve ser capaz de contribuir para a manutenção e sobrevivência de certas espécies, que de outra forma desapareceriam. Temos que garantir a continuidade dos produtos indígenas através da troca de sementes e colaboração com outros produtores, é o nosso legado para as gerações futuras.
4.- Meio ambiente.
A principal fonte de cultivo e subsistência é o meio ambiente, devemos isso a ele. É dever de todo bom agricultor e pecuarista preservá-lo por meio de práticas que dificilmente o alterem ou modifiquem. Em si mesmo, o agricultor e pecuarista deve ser quem garante a segurança de um manejo adequado dos mesmos, evitando a erosão e práticas abusivas no terreno que colocam em risco a continuidade da nossa atividade. Deve-se ter especial interesse em não superexplorar a bacia hidrográfica ou evitar sua contaminação e evitar o excesso de nutrientes ou restos orgânicos de origem animal que prejudicam outros seres vivos ou plantas endêmicas. Ferramentas ancestrais de cultivo, como rotação de culturas e / ou pastagens, devem ser usadas para evitar o esgotamento do meio ambiente ou a erosão excessiva do solo. A) Sim,
5.- Bem-estar dos animais e plantas.
Sem dúvida, o agricultor e o pecuarista ficam com a vida de muitos seres e isso é muita responsabilidade. É necessário que sejam eles que estabeleçam os mecanismos de controle e qualidade necessários nas propriedades para garantir a saúde de sua propriedade e melhorar os padrões de bem-estar. Manter as fazendas sempre limpas, com reciclagem adequada, armazenamento e descarte de restos orgânicos, boa alimentação do gado, dosagem correta de nutrientes às plantas, prática ética e a reação proporcionada a problemas de saúde ou pragas que possam se apresentar, são uma garantia de sucesso para todos.
O bem-estar das plantas é essencial para garantir o sucesso da produção. Muito esforço tem sido dedicado à pesquisa e troca de informações para lidar com problemas que possam surgir de forma «ecológica», sem que isso implique na degradação do meio ambiente em que vivemos.
O bom manejo, o planejamento das atividades e o interesse pela qualidade evitarão riscos em termos de doenças, epidemias ou pragas.
6.- Engano.
É um grande erro e custa caro, podendo levar à imediata expulsão do mercado. No passado, era difícil que um ato desse tipo tivesse repercussão, porque apenas o «boca a boca» era usado e os clientes em potencial de outro lugar provavelmente não sabiam nada sobre isso. Agora, com a capacidade das novas tecnologias, a existência de redes sociais, etc. Cometer um ato de engano em um indivíduo pode ser muito caro.
Por este motivo, é imprescindível respeitar os prazos de entrega acordados, os preços e as qualidades estabelecidas e acordadas entre as partes.
Para se manter no mercado e conquistar clientes, esse ponto é fundamental. Um produto excepcional mas com prazos de entrega falsos ou que aumentam unilateralmente, aos poucos fará com que o mercado seja bloqueado por descontentamento. Os comentários e recomendações que aparecem nas redes sociais, sobre as quais você não tem controle, podem arruiná-lo.
7.- Respeito pelos ciclos de crescimento.
É fundamental tentar sensibilizar os consumidores para a existência de ciclos naturais de cultivo, que impedem que determinados produtos cheguem ao mercado em determinadas épocas do ano. Por isso, devemos promover, além dos produtos naturais, os produtos sazonais. Para uma produção eficiente com benefícios de longo prazo e lucratividade «sustentável», os ciclos de repouso do solo devem ser respeitados, assim como o uso de plantas «fixadoras de nutrientes».
8.- Uso de energia adequada.
Nossa sociedade no desenvolvimento de qualquer atividade tende a gastar energia acima do necessário. Devem ser buscadas alternativas para o consumo de energia impura, substituindo-a, tanto quanto possível, por fontes alternativas de energia limpa que aproveitem a reciclagem de resíduos agrícolas. Da mesma forma, a eficiência energética das instalações deve ser buscada. Devemos estar atentos ao uso de ciclos solares e sua orientação. Não devemos esquecer que na hora de escolher o seu local, um local adequado de acordo com a orografia da região é essencial para economizar custos, seja porque evita o calor excessivo no verão, a exposição excessiva ao vento ou o frio excessivo no inverno. Temos que procurar lugares onde o abrigo das intempéries seja garantido.
9.- Equilíbrio.
Em todos os momentos, a atividade deve ser realizada buscando a harmonia entre os resultados econômicos, o bem-estar e o desenvolvimento e sustentabilidade do meio ambiente (Lembre-se: Você é rico se é feliz, não tem dívidas e também contribui para o bem -ser dos outros).
10.- Ajuda.
A fim de criar uma rede produtiva suficientemente grande para poder suprir a demanda existente e conquistar o mercado dos grandes distribuidores de alimentos. A colaboração e a ajuda entre todos são essenciais. Apoio contínuo e mútuo. É necessário estimular a colaboração entre todos os produtores para abastecer grupos de consumidores, bem como tentar criar novos.
Antigamente, os agricultores e pecuaristas dividiam seu tempo e ferramentas, o que permitia a subsistência de todos e também a dedicação a outras tarefas. A eficiência foi adquirida no gerenciamento de tarefas, roubando tempo do tempo. Por exemplo, todas as pessoas que tinham gado numa área, alternavam entre si para levá-lo para as pastagens, cuidando do resto do gado, o que permitia aos restantes se dedicarem a tarefas agrícolas ou fazer benfeitorias / consertos em A explosão. Além disso, as ferramentas eram compradas entre todos e com uso rigoroso de uma lista e uso de um planejamento, eram usadas e consertadas se fosse o caso, permitindo assim uma redução dos investimentos necessários à realização de uma atividade.
i Para os interessados no assunto, existe uma lista de boas práticas na agricultura, elaborada pelo Comitê de Agricultura da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, aprovada na sessão de 4 de abril de 2003. A qual serviu de base para o elaboração deste decálogo. https://www.fao.org/docrep/MEETING/006/Y8704S.HTM
Escrito por José G. Fraile
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